terça-feira, novembro 27, 2007

cura

  1. mão pequenina, j.,21 nov 07



tenho uma mão pequenina

tu tens outra igual à minha

faço mimos, faço festas,

não bato mesmo a ninguém

e a tua,

é assim também?



ho una mano piccolina

hai un'altra uguale alla mia

faccio delle carezze, delle coccolate,

non faccio proprio male

e la tua

lo fa uguale?





poema na sabedoria diária da minha Educadora, traduzione da quel che sono stata capace... un momento troppo, demasiado, bello

segunda-feira, novembro 19, 2007

incoerência original

ou

sobre a incapacidade de reagirmos perante o desaparecimento

(escrevi isto a 4 de abril de 2006. hoje, 19 de novembro de 2007, acabou aquela família. e, no meu vazio, as palavras que me vestem são as mesmas. incoerência e vergonha.)


durante a flecha do tempo que nos permitiu conhecermo-nos em estreita articulação com todos os sistemas, habituamo-nos a construir uma imagem do mundo que vai sendo redefinida conforme as incoerências que aceitemos. indago-me sobre os limites perceptivos de tal conhecimento. e, sobretudo, sobre a capacidade de reacção à percepção da nossa própria incoerência.

a incoerência pode ser multiplamente interpretada. se para mim é incoerente defender o valor da vida e, na prática, promover práticas desumanas ao se defender que certo património cultural deve ser defendido e preservado por ser um legado do desenvolvimento humano, para outr@s pode ser incoerente que eu perca tempo a escrever estas palavras e não vá assegurando uma prática proactiva pela assimilação desse mesmo valor da vida. e, no seu âmago, provavelmente terão razão.

deparo-me agora, novamente, com o desaparecimento de quem promoveu a minha vida, se esforçou pela minha felicidade e cuja recompensa, imaginemos, foi a minha incapacidade de envolvimento sob o medo da transformação da imagem. o afastamento de situações problemáticas em seres que me influenciam desde as iniciais percepções da flecha do tempo, original da minha incoerência.

sábado, novembro 03, 2007

nina nana

Berrogüetto-Cantos de Monzo

quel che cantavo ai bambini per addormentarci. quel che canto adesso