terça-feira, dezembro 28, 2010

que outras 50 primaveras criariam tamanho sorriso?

... um parabéns repenicado no dia das cinco décadas, mais um miminho para quem fez menos três há uns diazitos :)

obrigada por este sorriso que ilumina infinitamente o nosso caminho
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nota: és a minha mãe preferida, ouviste?
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sábado, dezembro 11, 2010

mas a luz branca é terna,

tal como as noites brancas, esse raro universo russo meigo de ternuras. há sempre dias de mimo, para que nos queixamos?

um pequenino caos ocupou o espaço entre as paredes. tinha saudades, talvez. fazia parte de uma outra escala, e agora fico melhor.

a luz branca é terna. alguém inventou 20º C em Dezembro, alguém me evitou um frio amargo, alguém me permitiu ler palavras boas.

obrigada * de olhos ensonados, obrigada

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segunda-feira, novembro 29, 2010

olhos semicerrados de luz branca



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estou naquela fase em que olho para o meu "caderninho preto" e nenhuma palavra poética da minha parte pode ser encontrada.

que a fase passe.

ou melhor, que a poesia esteja em cada uma das vossas vidas

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segunda-feira, novembro 22, 2010

Talvez esteja em dia de ser ingrata...

... mas será que quem, do seu bom público, reivindica esta greve de tamanha proporção - 24 de Novembro - tem noção de que não serão os maravilhosos políticos a procurar uma maneira qualquer de inventar transporte para ir trabalhar? Esses têm transporte particular, pá. Com chauffer. Nem todos podem "grevar", já se aperceberam? Eu posso, mas também ninguém nota, porque sou das poucas sortudas sem horário fixo. Mas nem todos podem. Há quem tenha de inventar a porra do mundo para o conseguir. E será que os amigos grevistas apanham esta parte? So sorry, enquanto tivermos (entre outros) serviços de transporte colectivo sem concorrência, isto vai de mal a pior - não é só na greve, é em muitas coisas. Custa perceber como é que o povo se mexe na 4ªfeira. Nem serviços mínimos no Metro. Hora de ponta nos comboios é tudo o que existe. Poluam, que faz bem. Não têm carro? Tivessem!

Estou em dia de pouca compreensão, confesso. Costumo ser solidária nestes dias, mas no próximo não vou ser. E paciência para o facto de a bolsa de investigação por tabela FCT, tal como a que recebo, não ser actualizada há 10 anos, ou lá quantos anos forem. E paciência por não ter estabilidade contratual e nem me ser possível pedir um empréstimo. E etc. Porque diz-me a antiga convivência que somos todos muito precários e inflexíveis, sobretudo quando podemos ficar na cama a dormir até às 16h.

Damn. Que mau humor, este que afecta a portuense em Lisboa. Que mau humor, este que chega quando nos apercebemos que a vida não é mesmo cor-de-rosa e que o activismo foi/é só uma parte, não enche o prato. E etc. Que mau humor, este de nos apercebermos de que a vida não é só a parte do sonho, e que a nossa utopia tem limites hiper-tangíveis.

A mim, magoa. E não digo estas palavras da boca para fora. Nada disso.

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Nota - como convém nas críticas, deixo uma alternativa. Façam greve, claro que sim - toda a gente pode entrar nos transportes colectivos e nem uma pessoa pode pagar bilhete. Alguma acção poderia ter mais impacto (económico, entre outros) junto dos hiper-coisos patrões?


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segunda-feira, outubro 11, 2010

segunda-feira, agosto 16, 2010

hey ho...

o verão costumava ter outros sabores, agora é muito daqui. mas costumava saber a coisas diferentes, ágeis e débeis, acabando sempre ainda antes do verão.

agora sorrio ao sol, porque trabalhei com a lua. agora não tenho o antigo tempo, tenho aquilo desejado e que nos deixa sem tempo. mas estou bem, estou muito bem. o sol, por favor.



Achegate a min maruxa,
Achegate moreniña
Tu has ser miña muller,
Tu has ser a muller miña.

E si vas á herba,
Heite de ir a ver
Dareiche un abrazo
Ai!!! Maruxiña do meu querer.

Un abrazo non
Que nos ve meu pai
E despois da casa
Meu queridiño
Vaime berrar

Achegate a min maruxa,
Achegate moreniña
Eu quero casar contigo,
Serás miña mulleriña.

E si vas á herba,
Heite de ir a ver
Dareiche un abrazo
Ai!!! Maruxiña do meu querer.

Estreliña do luceiro, ti ben
O has de saber
Cantas horas ten a noite
Denantes do amanecer?


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(homenagem ao amor bonito)

domingo, julho 18, 2010

re_conversa

re_converso

na consequência de ter mudado de caderno e dar agora novo espaço às palavras e caracteres
no sorriso de reencontrar sorrisos antes próximos e hoje distantes
no lamento do afastamento em não_sorriso
sob o nosso sol, só nosso, envolto de mar
e o seu azul que me nutre de cores diversas

re_tomo um dia

por vezes mais que um, raramente
e abuso novamente das palavras.

agradeço o re_torno de quem mais atende
à flutuação dos espaços de cada dia,
mantendo a original marca de uma comunicação preciosa.

abuso redundantemente de um minuto perso, perdido,
em que não resisto a voltar a rabiscar electronicamente,
em que confirmo outras sedes de palavras,
em que prevaleço na procura de mais uma sequência repleta de sentido.

pouco repleta sigo,
vou procurar um doce que acalme o excesso estival,
vou abandonar as palavras para depois poder procurá-las,

repleta de saudades,

novamente.

quarta-feira, julho 07, 2010

7 anos depois de vilar de mouros, vou ao alive!

(auch! cota)

faz agora 7 anos que fui ao vilar de mouros 2003, uma altura sobejamente complexa e que não consigo deixar de recordar, aujourd'hui, na véspera de levar o carro até monsanto e deixar encaminhar até algés...

há 7 anos insisti em vir embora do algarve, e em vez de parar em lisboa, conforme planeado, parei em vilar de mouros, nada pertinho, por especial bondade da mãe Carmen. vinha com uma geleira carregada de coisas, descobri à entrada que estavam lá dois colegas do secundário, e pronto, foi o suficiente. fui "avacalhar" - quem já lá esteve pode perceber o sentido muuuado e estrumado da questão - numa tenda permeável à água, qual maravilha no festival mais húmido a que alguma vez assisti.

aquilo de que hoje me rio:
- sepultura elevou ao máximo as minhas expectativas (que eram poucas), e isso devia ver-se na minha carinha de parva a olhar para a guitarra; por vezes reparava que pessoas muito altas, com cabelos muito compridos, muito vestidos de preto e com botas muito duras, se riam a olhar o meu pseudo-"hippieismo" sorridente
- em guano apes fui apanhada pelo moche (não tmn, aquele mesmo fabuloso para quem tinha a mania de andar com as sandálias cristãs), que ia até à reggie de som e luz, e alguém conseguiu agarrar-me e tirar-me dali; não lembro quem nem em que circunstância, porque isto viria a acontecer várias vezes nesse festival, no qual bebi aguinha e iced teas
- wailers ? não cancelaram e actuaram em paredes do coura? whatever... fui aos dois e, fosse qual fosse em que actuaram, adorei!, era o furor da rasta ao pincho!
- o dia memorável de blasted mechanism, que nesse ano devo ter visto aí umas cinco vezes, seguido de rufus wainwright que, por ter insultado os prévios, teve direito a ser apedrejado e a sair ao fim da sua primeira divagação ao piano com cigarro (e não consegui voltar a ouvi-lo)
- depois veio o david fonseca, e o rapaz até é simpático, mas a musiquinha era tão em diminutivos e com tanta calminha, depois de algazarra por o ruforão ter sido posto fora, que eu entrei em hipotermia; novamente, alguém pegou em mim e fui entregue à tenda dos casacos, onde a vendedora me convenceu a vestir e despir vários casacos até mudar de cor (e aí já me recordo de pensar novamente) - nota: se os meus primos lindos virem este relato, é favor que não levem nada à letra, que há muito tempo que tenho a mania de poetizar a narrativa com hiper-realismos (momento cromo) e o mais que podem tirar é o exemplo do que não fazer (e eu ia muito vestidinha, aquele minho é que me transtornou de todo...)
- os melvins partiram tudo e tocaram com pouca roupa e aventais; tricky ia jurar que vi em paredes do coura, mas de qualquer modo nunca esquecerei a quantidade de fumo que lhe saía do tronco, curvado como se lhe pressionassem o peito, e a interpretar com toda a força possível
- e tomahawk... era o que mais esperava. pelo mike patton, que me insultou por ter tirado muitas fotos com medo que nenhuma saísse decente (e não saiu nenhuma, efectivamente), na altura em que me aplicava a sério e ficava tipo na primeira fila.

e agora vou rever faith no more, depois do sudoeste 2009 em que toda a loicinha foi partida aos cacos e o senhor, em risco de electrocussão, ameaçou engolir o microfone... e skunk anunsie... e xx... e pearl jam... e banhart... e voltar brevemente a deftones, e definitivamente conhecer muito mais!

é um momento deste verão, que já não se chama férias como há uns tempos atrás, e que me faz recordar um certo estado de barriga ansiosa pelo salto seguinte. estilo muitas coisas que mexiam a barriga e depois davam para muito caminhar...

partilhei :) acho que nunca tinha contado ao certo esta estória

*

post scriptum - foi com a intenção de o revelar que comecei a escrever, e ia esquecendo... um dia do vilar 2003 voltei à tenda, sem luzes (que já tinham fugido), guiada pelo cheirinho e rumor da vaca que eu sabia que dormia atrás de mim. lá encontrei a tenda. além de ser possível fazer uma certa piscininha lá dentro porque sim (a água entrava por cima, baixo, lados, etc.), a "porta" estava aberta. tinham-me levado a geleira. ficou a máquina fotográfica, o dinheiro que tinha na tenda, tudo, só levaram a geleira, presumo que por fome. lá dentro seguiu a última lata de atum, que não cheguei a comer - e tornei-me vegetariana ;) há 7 anos, e as previsões eram de 3 meses!

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quinta-feira, junho 24, 2010

candidaturas até 23 de Julho

Mestrado em Ecologia Humana e Problemas Sociais Contemporâneos


Para mais informações sobre o curso e actividades que decorreram no passado ano lectivo consulte a Página Web do mestrado

http://www.fcsh.unl.pt/cursos/MA/ecologia-humana

sexta-feira, março 19, 2010

isto é um jogo de pistas...

pista número 1:

A quem pai poderia ser de um
mas por início lhe calhou em três.
Aumenta em quatro com a ajuda mais bela
e dizei, amigos, quem menciono desta vez?

quem se identificar deverá procurar a imagem acima


pista número 2:

Após sonhos, viagens e colo manso,
surge em alguns quilos um peso de Verão.
Pé ante pé, que a crescer a vida se alcança,
e dizei, amigos, de quem falo então?


quem se identificar deverá procurar a imagem acima