Escadas, escadas e escadas. As primeiras eram mais sombrias, subiam-se a correr - excepto a partir do dia em que a Alicinha me parou para oferecer flores do seu quintal, umas horas depois de me ter visto a arrancar uma daquelas florzinhas que cabiam nos dedos para fazer de conta que era um anel. Um lance, cheiro forte a lixívia - e paro na Gininha, ainda hoje parei, ó minha filha estás tão crescida e linda, és igual à tua mãe, ano bom, querida! Mais um lance, cada vez mais silencioso, outro, e estamos em casa.
Cresci com uma bicicleta amarela herdada do primo de França, não tinha travões, o que me deu o mau hábito de sair em andamento e deixá-la travar no muro mais próximo. Era o seguimento das garagens, as garagens dos carros, das plantas e das mesas postas com o portão aberto na noite de São João. O muro dava para a casa mortuária, por isso às vezes a bicicleta assustava algumas pessoas cabisbaixas, vestidas de preto, que olhavam para mim sem me verem e murmuravam uma semi-oração-semi-rabugice. Aí andava ligeirinha mas suave, suava para arrastar o portão e guardar a escandalosa, e como o portão também não era discreto, a avó ouvia e redobrava a atenção para o meu regresso.
Escadas, escadas e escadas. A meio caminho de cada andar há uma espécie de varanda - em miúda perguntava-me porque é que no nosso prédio ninguém punha lá uma mesinha, para ler ao sol - e eu tentava abrandar o passo para perceber, de ângulo mais elevado, o que se passava do outro lado do muro. E a cada abrandamento - Ana Inês! - pois, acelera.
Enérgica, infinitamente enérgica. A casa está sempre a superar o impecável mas, aos seus olhos, pode sempre melhorar. Ó 'vó, estás a arrumar outra vez?, ainda ontem se arrumou! - Anda dar-me uma mão que tive uma ideia durante a noite, mas não contas a ninguém! - e lá mudávamos a ordem dos móveis, ou lá guardávamos as coisas para novas obras, para a casa crescer e respirar. De todas as que me lembro, nunca contei a ninguém.
A cozinha. Janela aberta nas quatro estações (faz frio no Porto?), o vapor é muito. O cilindro que obriga a disciplinar o banho e logo ao lado o fogão. Café de assentar, a mistura da Sanzala acrescentada de café puro, a banca sempre a cheirar a café, guardado na parte de baixo. A cozinha sempre foi pequena e nunca percebi como é que de lá saía tanto doce de tomate e marmelada, os cheiros do outono. Esses e os pratos todos que guarda a memória portuense - e lisboeta, e parisina. É uma casa modesta dos anos 50/60, cabemos dezenas lá dentro há várias gerações, e aposto com o infinito que nenhum lá-passante esqueceu o momento em que fechou os olhos e saboreou as pataniscas, as tripas, a cabidela ou até a parmigiana de chèvre, quando a neta mais velha se lembrou de virar vegetariana.
Ao fundo do corredor uma porta para o sótão, encimada pela foto de uma miudinha sentada num muro/banco a comer e a conversar com o avô que, paciente, assobiava. O avô que, sem desprimor para o resto da humanidade, veste com a maior elegância masculina do mundo - sobretudo nos dias de lenço ao pescoço. Terá refinado a arte durante a venda de fazendas, quando visitava tantos alfaiates. A mala da carrinha tinha sempre malinhas mágicas com pequenas amostras, cortadas em ziguezague e organizadas como um livro de páginas ligeiramente sobrepostas, ou então os longos rolos de peças inteiras, depois de a fazenda já ter sido escolhida. Nesse tempo isento de cadeirinhas e cintos de segurança, o meu lugar era ali no meio da fazenda, ia tocando levemente para perceber qual a mais macia e inventando histórias dali ao armazém dos Lóios, ou dali aos Telefones, ou dali para qualquer canto do mundo.
E, quando voltávamos a casa, depois de tudo o que era preciso estar feito, tempo para ler. Nunca houve uma estante proibida, o que acabou por ser complicado, porque a Manhã Submersa pelos oito ou nove anos (seriam mais?) é indigesta e deixou-me uma pedra na porta do existencialismo.
Mudaram-se as janelas, algumas paredes, algum recheio, manteve-se a porta de madeira com as suas trincas e trancas de bairro - e, nas traseiras, vivem agora os garnisés que o Sr. Paixão deu ao Quim, que por serem do Sr. Paixão não quer matá-los, e que aprenderam a dormir nos ramos de uma árvore para se safarem dos cães.
E, lá em casa, rijos e infinitos, os meus avós.
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sábado, dezembro 31, 2016
quarta-feira, junho 25, 2014
EcoFemina em bicicleta
As mobilidades eram um dilema. Os representantes das imobilidades, ainda mais. A cidade era a inspiração perfeita para a contestação. Tentando fugir da sombra e erguer o corpo pelos direitos da pessoa na terra que habita, EcoFemina decidiu passar para o lado do sol. Testou a bicicleta. Colocou o suporte de vida em dois alforges de lona tipo militar, comprados na Rua Escura. Apanhou boleia até à Costa Vicentina e daí continuou sobre duas rodas.
Enquanto seguia de carro, rumo ao sul, os pensamentos esbranquiçavam. Na perspectiva mais optimista, meditava. Na perspectiva mais realista, apercebia-se de não saber o que ia fazer, apagava o registo, panicava e voltava a aterrar - enjoada, como sempre, por andar de carro. O automóvel desde muito cedo a enjoara, com todas as curvas, apertos, cheiros e incapacidades de controlar o percurso. A essa data, EcoFemina ainda não conduzia. Para não ser conduzida por outros devia seguir o percurso a pé ou em bicicleta. Esse era o indispensável, sacro passo do empoderamento pessoal: tomar conta de si, decidindo o momento de partir, os passos a dar e o alcance do seu próprio movimento.
ILUSÃO: acreditar/projectar uma ideia não verdadeira. Exemplos: acreditar que, dois anos depois de não fazer qualquer exercício físico por salvaguarda de saúde, uma pessoa pode pegar na bicicleta e seguir caminho, "incólume e segura"; pegar na bicicleta, seguir caminho, com os bafos de fora e o pé torto, perguntar a um autóctone quanto dura aquela subida (o Alentejo não era plano?) e acreditar nos ditos 200 metros; dois quilómetros depois, rejubilar com uma descida, largar os pedais, acelerar por inércia, subir a seguinte com o balanço da anterior e acreditar que a corrente, os travões e as velocidades continuam na maior; parar por se estranhar a solidão - teria sido, pela primeira vez na vida, mais rápida que o restante grupo? - e aí ver que a bicicleta estava estragada e que o grupo tinha parado devido a uma triste lesão. É melhor parar por aqui, que por vezes EcoFemina receia que a volta em bicicleta seja uma ilusão e não uma memória do verão de 2004.
A primeira coisa que EcoFemina enviou de volta para casa foi a tenda. Pesava 1,5kg e, quando o dia se punha, não havia força para montar tenda nenhuma. Na noite após o envio da tenda, naturalmente, choveu a potes. O abrigo possível foi uma escola primária em tempo de férias, que gentilmente abriram para que o grupo pudesse resguardar-se e utilizar uma wc-zinha com portas. Um verdadeiro luxo face às duas semanas de sono ao relento que se seguiram.
O momento do sono era engraçado, devemos admitir. EcoFemina sofria de insónias, mas não tanto nos dias em que estourava o corpo em andanças pouco habituais. Daí ser perfeitamente lógico que, num certo dia, EcoFemina tenha acordado com meio escorpião na barriga e sangue no saco cama, mas não na pessoa - a luta pela sobrevivência em tempos de sonambulismo ao relento! Ou então aquela vez em que chegaram a Lagos bem à noitinha, olharam para o parque infantil e saltaram para aquele chão mole que amparava a queda da infância - e ao raiar do sol, acordar com a magia dos sistemas de rega e dois cães de guarda com o dentinho bem próximo da cara estremunhada de EcoFemina. Mais simpático foi acordar e ver que havia uns dois centímetros entre o pé e o vazio; é que uma pessoa chega à noite, com pouca luz, e deita-se no terreno liso e acimentado junto à bina; e acorda de manhã no fundo de um telhado sem telhas, que afinal era inclinado, descendo desde o passeio. Antes ficar na areia! Passear quando nos dá na real gana e encontrar alemães filosóficos nas grutas da praia... acordar com a lambidela do boxer castanho, amigo de quatro patas de outros dormentes de praia... tomar o banho matinal em água salgada, deixar que o frio húmido nos acorde do verão quente.
Esse foi, efectivamente, o verão quente de EcoFemina, o seu 68/75. Poucas flores, muito suor. Em vez de flores, o verde - as descidas em que, sem esforço, podia desfrutar do cheiro das árvores por que passava, o vento manso no corpo rijo e na vegetação leve. E o azul - o refúgio no mar, sempre que era preciso ter mais força. Foi preciso todos os dias. O grupo era complexo, idealista e andava a tentar definir o "consenso".
CONSENSO: consentimento/aceitação de todas as partes numa tomada de decisão. Exemplos: num espírito de democracia directa, reunir o grupo todo, tipo assembleia, e discutir o que for necessário para seguir caminho; não sendo consensual o número de quilómetros a percorrer por dia, dá-se a seguinte exposição: "Pois eu quero fazer 70km por dia. Se o teu limite biológico são 35km, podemos chegar a consenso pelos 50km" e concluir que o limite biológico é uma abstracção negociável pelo princípio do consenso; em assembleia, considerando a pouca disponibilidade de dinheiro do grupo, decidir consensualmente que cada elemento juntaria os seus 5€ diários para comprar e partilhar comida, e depois ter vontade de ir à wc em horas pouco consensuais e, ao regresso, a comida já ter acabado; consentir que o consenso deva estar na base de entendimento do colectivo sobre rodas, que porém não consegue pedalar suficientemente depressa para fugir do conflito e vrrrrrrum! vai um berro entre as árvores, e vrrrrrum! vai um jacto entre camiões na N125, e vrrrrrrum! ... vai cada um ser consensual consigo mesmo, e o grupo acaba por seguir caminhos diferentes.
Em contexto de tal violência auto-infligida a título voluntário, a coerência acção-ideal também se vê posta à prova. Pois pensemos: Alentejo e Algarve, Agosto, 40 e picos graus, nem toda a gente acorda bem de manhã, seguimos sob o pico do sol... E ao longe um hotel. Os hotéis têm máquinas, EcoFemina tem sede. Vai sozinha, olha para a máquina e morre de amores: Iced Tea!! Dois, três seguidos, sem respirar, antes de se poder pensar que o Iced Tea é um refrigerante, e é da Nestlé, e a Nestlé... etc. E um hotel... uma cama, uma wc, família por perto, conforto, o carro que não magoa o pé, a comida sem se contar as garfadas... Sim, aceitou. Aceitou a refeição no restaurante, os pais vieram do Porto, era o seu 18º aniversário. Sim, aceitou mais tarde ir ter com mais família de coração, não fosse o caso do GPS mental nunca ter funcionado bem e perder-se em bicicleta, estourada, ansiosa, saudosa de um conforto menos exigente, menos livre, menos arranhado.
A viagem acabou com a bicicleta no correio e um gelado na mão. Chegou ao fim, foi uma das últimas quatro pessoas. Já não havia voz para gritar a vitória. As estradas de regresso não podiam ser as mesmas; já não tinham um bando jovem sobre rodas, já não havia EcoFemina em pseudo-bikini a atirar-se aos canais de rega, e a pele estava escura, e tinha pêlos que, quem não quisesse, não visse. Estava cansada, guardando no peito a prova de que não há impossíveis e no pé o peso duro de se realizar o que parece impossível. "Foi menina, veio mulher", leia-se pelo bilhete de identidade. Veio crescida. É que a viagem foi tão... onírica, meiguinha, fofinha, miminha, que só demorou dez anos a sair pelo papel.
E não voltou a andar de bicicleta.
Enquanto seguia de carro, rumo ao sul, os pensamentos esbranquiçavam. Na perspectiva mais optimista, meditava. Na perspectiva mais realista, apercebia-se de não saber o que ia fazer, apagava o registo, panicava e voltava a aterrar - enjoada, como sempre, por andar de carro. O automóvel desde muito cedo a enjoara, com todas as curvas, apertos, cheiros e incapacidades de controlar o percurso. A essa data, EcoFemina ainda não conduzia. Para não ser conduzida por outros devia seguir o percurso a pé ou em bicicleta. Esse era o indispensável, sacro passo do empoderamento pessoal: tomar conta de si, decidindo o momento de partir, os passos a dar e o alcance do seu próprio movimento.
ILUSÃO: acreditar/projectar uma ideia não verdadeira. Exemplos: acreditar que, dois anos depois de não fazer qualquer exercício físico por salvaguarda de saúde, uma pessoa pode pegar na bicicleta e seguir caminho, "incólume e segura"; pegar na bicicleta, seguir caminho, com os bafos de fora e o pé torto, perguntar a um autóctone quanto dura aquela subida (o Alentejo não era plano?) e acreditar nos ditos 200 metros; dois quilómetros depois, rejubilar com uma descida, largar os pedais, acelerar por inércia, subir a seguinte com o balanço da anterior e acreditar que a corrente, os travões e as velocidades continuam na maior; parar por se estranhar a solidão - teria sido, pela primeira vez na vida, mais rápida que o restante grupo? - e aí ver que a bicicleta estava estragada e que o grupo tinha parado devido a uma triste lesão. É melhor parar por aqui, que por vezes EcoFemina receia que a volta em bicicleta seja uma ilusão e não uma memória do verão de 2004.
A primeira coisa que EcoFemina enviou de volta para casa foi a tenda. Pesava 1,5kg e, quando o dia se punha, não havia força para montar tenda nenhuma. Na noite após o envio da tenda, naturalmente, choveu a potes. O abrigo possível foi uma escola primária em tempo de férias, que gentilmente abriram para que o grupo pudesse resguardar-se e utilizar uma wc-zinha com portas. Um verdadeiro luxo face às duas semanas de sono ao relento que se seguiram.
O momento do sono era engraçado, devemos admitir. EcoFemina sofria de insónias, mas não tanto nos dias em que estourava o corpo em andanças pouco habituais. Daí ser perfeitamente lógico que, num certo dia, EcoFemina tenha acordado com meio escorpião na barriga e sangue no saco cama, mas não na pessoa - a luta pela sobrevivência em tempos de sonambulismo ao relento! Ou então aquela vez em que chegaram a Lagos bem à noitinha, olharam para o parque infantil e saltaram para aquele chão mole que amparava a queda da infância - e ao raiar do sol, acordar com a magia dos sistemas de rega e dois cães de guarda com o dentinho bem próximo da cara estremunhada de EcoFemina. Mais simpático foi acordar e ver que havia uns dois centímetros entre o pé e o vazio; é que uma pessoa chega à noite, com pouca luz, e deita-se no terreno liso e acimentado junto à bina; e acorda de manhã no fundo de um telhado sem telhas, que afinal era inclinado, descendo desde o passeio. Antes ficar na areia! Passear quando nos dá na real gana e encontrar alemães filosóficos nas grutas da praia... acordar com a lambidela do boxer castanho, amigo de quatro patas de outros dormentes de praia... tomar o banho matinal em água salgada, deixar que o frio húmido nos acorde do verão quente.
Esse foi, efectivamente, o verão quente de EcoFemina, o seu 68/75. Poucas flores, muito suor. Em vez de flores, o verde - as descidas em que, sem esforço, podia desfrutar do cheiro das árvores por que passava, o vento manso no corpo rijo e na vegetação leve. E o azul - o refúgio no mar, sempre que era preciso ter mais força. Foi preciso todos os dias. O grupo era complexo, idealista e andava a tentar definir o "consenso".
CONSENSO: consentimento/aceitação de todas as partes numa tomada de decisão. Exemplos: num espírito de democracia directa, reunir o grupo todo, tipo assembleia, e discutir o que for necessário para seguir caminho; não sendo consensual o número de quilómetros a percorrer por dia, dá-se a seguinte exposição: "Pois eu quero fazer 70km por dia. Se o teu limite biológico são 35km, podemos chegar a consenso pelos 50km" e concluir que o limite biológico é uma abstracção negociável pelo princípio do consenso; em assembleia, considerando a pouca disponibilidade de dinheiro do grupo, decidir consensualmente que cada elemento juntaria os seus 5€ diários para comprar e partilhar comida, e depois ter vontade de ir à wc em horas pouco consensuais e, ao regresso, a comida já ter acabado; consentir que o consenso deva estar na base de entendimento do colectivo sobre rodas, que porém não consegue pedalar suficientemente depressa para fugir do conflito e vrrrrrrum! vai um berro entre as árvores, e vrrrrrum! vai um jacto entre camiões na N125, e vrrrrrrum! ... vai cada um ser consensual consigo mesmo, e o grupo acaba por seguir caminhos diferentes.
Em contexto de tal violência auto-infligida a título voluntário, a coerência acção-ideal também se vê posta à prova. Pois pensemos: Alentejo e Algarve, Agosto, 40 e picos graus, nem toda a gente acorda bem de manhã, seguimos sob o pico do sol... E ao longe um hotel. Os hotéis têm máquinas, EcoFemina tem sede. Vai sozinha, olha para a máquina e morre de amores: Iced Tea!! Dois, três seguidos, sem respirar, antes de se poder pensar que o Iced Tea é um refrigerante, e é da Nestlé, e a Nestlé... etc. E um hotel... uma cama, uma wc, família por perto, conforto, o carro que não magoa o pé, a comida sem se contar as garfadas... Sim, aceitou. Aceitou a refeição no restaurante, os pais vieram do Porto, era o seu 18º aniversário. Sim, aceitou mais tarde ir ter com mais família de coração, não fosse o caso do GPS mental nunca ter funcionado bem e perder-se em bicicleta, estourada, ansiosa, saudosa de um conforto menos exigente, menos livre, menos arranhado.
A viagem acabou com a bicicleta no correio e um gelado na mão. Chegou ao fim, foi uma das últimas quatro pessoas. Já não havia voz para gritar a vitória. As estradas de regresso não podiam ser as mesmas; já não tinham um bando jovem sobre rodas, já não havia EcoFemina em pseudo-bikini a atirar-se aos canais de rega, e a pele estava escura, e tinha pêlos que, quem não quisesse, não visse. Estava cansada, guardando no peito a prova de que não há impossíveis e no pé o peso duro de se realizar o que parece impossível. "Foi menina, veio mulher", leia-se pelo bilhete de identidade. Veio crescida. É que a viagem foi tão... onírica, meiguinha, fofinha, miminha, que só demorou dez anos a sair pelo papel.
E não voltou a andar de bicicleta.
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