sexta-feira, dezembro 19, 2008

estranheza

foto de Akio Takemoto, 2007



já fui





sob o olhar de quem via assim as coisas. nem sei onde pus aquelas calças e saias e coisas largas, sei do colar e não o uso. não sei onde é que me arrumei, mas deve ter sido a primeira vez. como não costumo ser organizada, não sei onde fui parar. por enquanto estou pelo centro-sul no país mais ocidental da europa, diz a bússula. naquele então estava no centro-norte do país bota. e era uma lomo fish eye, e eu levei um pin da embaixada lomográfica do bairro alto. as coisas pareciam todas mais agressivas e vivas. eu escrevia menos e vivia mais. agora vivo menos mas também não escrevo muito. venha estalo no meio da cara.





não sei o que fiz ao que era de mim. se calhar vendi e tapei com boas-figuras. tenho saudades de andar a chorar e a dançar mais no meio da rua, de ter comentários mais desagradáveis que o suportável e de sentir a consciência eminentemente mais tranquila porque mais exposta.

deve ter sido isso, vesti-me. há quem diga que cresci