segunda-feira, novembro 22, 2004

"voa em sonhos e conta-nos o que viste" , na capa da terra do nunca

é estranho como preferi estar doente e ter em quem me encostar do que estar "forte" mas sozinha. tod@s vamos abaixo. "voamos em sonhos" e, quando vamos para os contar, não só já passaram como deixam uma cratera mesmo mesmo no centro do que somos. a cratera vai alargando conforme os sonhos vão passando, até que nós nos tornamos num enorme buraco que suga o que o rodeia. mas afinal o que é que vemos? e o que é que tem a ver com o que sonhamos? não faço a mínima... mas sei que não vivemos na terra do nunca, e sim na terra do de vez em quando.

era uma vez a terra do de vez em quando...
às vezes chovia, dependia do dia. podiam ser lágrimas ou magia do seu próprio era uma vez, dependia... com alegria veio um dia uma criança ter comigo. perguntou-me "queres ser vadia?", já não me lembro do que lhe respondi. mas ela sorria. sempre. trazia um fato justo no qual parecia confortável. chamou-lhe pele. e ria da minha figura patética naquele como em qualquer outro dia, em que remexia na minha falsidade para parecer cada vez menos eu. ela era bonita, era criança e era ela mesma. então, nesse dia, fui também vadia. depois de passearmos uns tempos sem medida, ela mostrou-me que eu também tinha um fato parecido com o dela. mas assustou-se! viu uma cratera no meio do meu eu e recuou. estremecia. mas então percebeu porque me escondia com trapos... "é para não se ver a ferida?" - "talvez, meu amor. de vez em quando..." na verdade, dependia do dia. podiam ser lágrimas ou magia do meu próprio era uma vez, dependia...



vamos voar?

2 comentários:

Lampimampi disse...

Que lindo!
:)
*beijo MUITO grande*

utupiar disse...

Näo interessa :P
Näo pares de sonhar!!

"Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança."